Por Kaique Jesus do Nascimento - Head de Soluções com Inteligência Artificial

Tá todo mundo falando de colocar IA nos produtos. Mas e quando o sistema já tá rodando, cheio de legado, dependência circular e controller com 500 linhas? Dá pra colocar IA nesse cenário real? Spoiler: dá sim! Mas tem que ter estratégia.
Aqui vão algumas ideias que já vi funcionando na prática:
Nada de querer "IAzar" o sistema inteiro de uma vez. Escolha um processo que seja repetitivo, custoso ou que envolva tomada de decisão simples. Exemplo? Classificação de chamados, sugestões automáticas de resposta, priorização de tarefas, etc.
Não precisa enterrar a IA no core da aplicação. Crie uma camada externa (uma API, um microserviço) responsável por processar a IA. Isso deixa o sistema mais desacoplado, mais fácil de testar e evita o famoso “acoplamento sentimental” com o modelo.
Depende do caso de uso e do orçamento. Mas no geral:
A IA vai errar. Vai alucinar. Vai te deixar na mão, às vezes. Por isso, sempre tenha uma rota de escape: um fallback para o sistema tradicional ou um humano validar. Especialmente quando a IA interfere diretamente na experiência do usuário.

Você não melhora o que não mede. Acompanhe o impacto da IA na performance da aplicação. Não é sobre "olha que bonito", é sobre "isso aqui gerou valor?". E se não gerar, ajuste ou desligue, sem dó.
Integrar IA não é só sobre tecnologia. É sobre entender o contexto, o usuário e o ciclo de vida do seu produto. Se bem feita, a IA não substitui, ela potencializa.
Bora colocar inteligência de verdade na inteligência artificial?